No México há um contexto de desigualdade e violência sistêmica que se reflete nas lacunas e barreiras que impedem o pleno exercício dos direitos humanos de comunidades historicamente excluídas, como afrodescendentes, indígenas, LGBTI+, mulheres e pessoas em mobilidade social.
De acordo com a Pesquisa Nacional sobre Discriminação (ENADIS), Os grupos populacionais que enfrentam os maiores atos de discriminação com base em determinadas condições ou características da diversidade humana são: primeiro, as pessoas LGBTI+ (37,3%); seguido pela população negra (35,6%), que sofre atos de discriminação com base em seus fenótipos; em sétimo lugar, as populações indígenas, que enfrentam obstáculos de acesso ao emprego e discriminação relacionada ao seu modo de vestir, suas identidades étnica, sotaques e uso de regionalismos de origem indígena; em oitavo lugar, encontram-se as mulheres maiores de 18 anos.
Nosso trabalho no México
Raça e Igualdade busca promover diversos promover diversos projectos de profissionalização e de capacitação de organizações da sociedade civil, em vistas de contribuir para o fortalecimento de suas ações de defesa e promoção de direitos. Ademais, contribuímos nos processos de incidência na agenda pública junto a instituições do Estado e organizações internacionais de direitos humanos para posicionar uma agenda antirracista e alçar a voz das pessoas LGBTI+.
Juntamente com nossos parceiros mexicanos, unimos forças para contribuir com a implementação da Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância (CIRDI). da qual o México faz parte. Também apoiamos visitas promocionais de relatores de direitos humanos a este país, assim como a apresentação de relatórios temáticos a diferentes órgãos do sistema universal de direitos humanos e do sistema interamericano de direitos humanos.
Nossas Conquistas
- A Raça e Igualdade implementou a “Estratégia de Capacitação para a Campanha do Censo México 2020”, que gerou a campanha de mídia nacional para promover a autoidentificação dos afrodescendentes com suas comunidades étnicas incluídos no Censo 2020, elaborado pelo Coletivo para Eliminar o Racismo no México (COPERA), que resultou no autorreconhecimento de mais de 2,5 milhões de pessoas como afrodescendentes no país.
- Temos dois materiais únicos de avaliação do Censo 2020 dessa qualidade: “Inclusão da Pergunta de Autorreconhecimento Afrodescendente no Censo 2020 do México”, elaborado pelo professor Juan D. Delgado; e “Pesquisa exploratória para avaliação da aplicação da questão de autorreconhecimento negro, afro-mexicano ou afrodescendente no Censo Demográfico e Habitacional 2020”, elaborada pelo professor Marco Pérez.
- Apoiamos a participação efetiva de ativistas afro-mexicanos antes da primeira e segunda audiências sobre questões afro-mexicanas realizadas perante a Comissão de Direitos Humanos (CIDH) e perante o Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial (CERD) em 2019, em Genebra, na Suíça; e a participação de ativistas perante as Assembleias Gerais da Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Fórum Permanente da ONU sobre Afrodescendentes.
- Organizamos visitas promocionais, em nome da Relatoria sobre os Direitos das Pessoas Afrodescendentes e contra a Discriminação Racial, com a presença da Comissionada Margarette May Macaulay (2017 e 2018) e do Especialista Independente em Orientação Sexual e Identidade de Gênero das Nações Unidas, Víctor Madrigal (2023).
- Continuamos a unir esforços para que cada vez mais atores e instituições se juntem a uma agenda antirracista no México, permitindo-nos gerar ações concretas para combater os flagelos do racismo, da discriminação racial e da xenofobia.